Perspectivas da Economia Turca

Com seu crescimento estável, a economia turca vem demonstrando um desempenho notável ao longo dos oito últimos anos. Uma sólida estratégia macroeconômica, aliada a políticas fiscais prudentes e grandes reformas estruturais em vigor desde 2002, vem integrando a economia turca ao mundo globalizado e transformando o país em um dos maiores beneficiários do investimento estrangeiro direto (IED) de sua região.

Essas reformas estruturais, aceleradas pelo processo de admissão da Turquia na União Europeia, abriram caminho para mudanças abrangentes em inúmeras áreas. Os principais objetivos desses esforços eram fortalecer o papel do setor privado na economia turca, aumentar a eficiência e a resistência do setor financeiro e propiciar uma base mais sólida para o sistema de seguridade social. Como essas reformas fortaleceram os fundamentos macroeconômicos do país, a inflação caiu drasticamente de 30% em 2010 para 6,4% no fim de 2010, enquanto o estoque geral da dívida nominal pública definido pela UE caiu de 74% para 41,6% em um período de oito anos, entre 2002 e 2010. Portanto, a Turquia vem cumprindo os "critérios dos 60%", estabelecidos pela UE em Maastricht para o estoque da dívida pública, desde 2004.

Enquanto os níveis do PIB mais que triplicaram, passando de US$ 231 bilhões em 2002 a US$ 736 bilhões em 2010, o PIB per capita cresceu vertiginosamente de US$ 3.500 para US$ 10.079 nesse mesmo período.

As melhorias visíveis na economia turca também impulsionaram o comércio exterior, com as exportações passando de US$ 36 bilhões em 2002 a US$ 114 bilhões em 2010. Do mesmo modo, a receita do turismo, que estava em torno de US$ 8,5 bilhões em 2002, superou os US$ 20 bilhões em 2010.

Melhorias tão importantes em tão pouco tempo inscreveram a Turquia na escala econômica mundial como uma economia emergente excepcional, a 16a maior do mundo e a 6a maior economia em relação aos países da UE, conforme os números do PIB (em PPC, paridade do poder de compra) em 2010.

Antes da recente recessão global que atingiu todas as economias do mundo, a economia turca apresentou forte crescimento econômico por 27 trimestres consecutivos, o que a tornou uma das economias de mais rápido crescimento na Europa. Porém a crise financeira global tem dificultado consideravelmente a estabilidade macroeconômica e financeira de muitas economias, afetando adversamente as linhas de financiamento e a demanda externa e provocando, assim, uma significativa diminuição de todas as atividades econômicas globais.

Enquanto os mercados financeiros na Turquia se mostraram resistentes à crise, a redução da demanda externa e a desaceleração dos fluxos de capital internacional tiveram impacto negativo sobre a economia, causando assim uma contração econômica em 2009. Contudo, os avanços positivos percebidos na economia mostraram indícios de uma rápida recuperação, iniciada já no último trimestre de 2009, com impressionantes 5,9% de crescimento econômico, tornando a Turquia uma das economias de mais rápida recuperação no mundo. Seu forte crescimento econômico continuou também em 2010, atingindo 12%, 10,3%, 5,2% e 9,2% no primeiro, segundo, terceiro e quarto trimestres de 2010, respectivamente, atingindo assim uma taxa de crescimento geral de 8,9% ao longo de 2010. Com um desempenho econômico tão robusto, a Turquia destacou-se como a economia de mais rápido crescimento da Europa e uma das economias de mais rápido crescimento do mundo.

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(quadro 1)

Fonte: World Economic Outlook, FMI, abril de 2011; Instituto de Estatística da Turquia (TurkStat)

Além disso, segundo a OCDE, a Turquia deve ser a economia de mais rápido crescimento entre os países membros da organização no período de 2011-2017, com uma taxa de crescimento médio anual de 6,7%.

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(quadro 2)

Fonte: Economic Outlook nº 86, OCDE

  • A economia institucionalizada, estimulada com a injeção de US$ 94 bilhões de IED nos oito últimos anos, classifica-se como o 15o destino mais atraente para IED no período 2008-2010 (UNCTAD).
  • A 16a maior economia do mundo e a 6a maior economia em relação aos países da UE em 2010 (PIB em PPC, FMI-WEO).
  • Crescimento econômico robusto ao longo dos sete últimos anos, com crescimento médio real do PIB de 4% ao ano.
  • O PIB aumentou de US$ 231 bilhões em 2002 para US$ 736 bilhões em 2010.
  • Políticas econômicas sólidas e disciplina fiscal rigorosa.
  • Estrutura financeira sólida, resistente à crise financeira global.
  • Recuperação rápida da crise financeira global.

 

Fonte: invest.gov.tr, 2010